Desvios milionários, cestas básicas e propina: o que se sabe sobre a operação que afastou Wanderlei Barbosa e primeira-dama

  • 05/09/2025
(Foto: Reprodução)
PF: dinheiro desviado no Tocantins foi usado para construir pousada de luxo O afastamento do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) e da primeira-dama Karinne Sotero do Palácio Araguaia é o resultado de uma investigação que apura o suposto envolvimento de políticos, agentes públicos e deputados em crimes que envolvem desvio de verba pública. Na quarta-feira (3), mais de 50 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços dos investigados e repartições publicas. O objetivo da segunda fase da Operação Fames-19 é conseguir mais elementos que vão comprovar o uso de emendas parlamentares e o recebimento de vantagens indevidas por agentes públicos e políticos. 📱 Clique aqui para seguir o canal do g1 TO no WhatsApp Veja o que se sabe até o momento sobre a operação que levou ao afastamento do Chefe do Poder Executivo do Tocantins pelo prazo de 180 dias, por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ): O que a operação investiga? Foto mostra Wanderlei Barbosa entregando cestas básicas no distrito de Buirtirana, durante período da pandemia Ruraltins/Governo do Tocantins A Operação Fames-19 identificou fortes indícios que envolvem um esquema de desvio de recursos públicos realizados entre os anos de 2020 e 2021, no meio da pandemia de Covid-19. Nesse período, os investigados teriam se aproveitado do estado de emergência em saúde pública e assistência social para fraudar contratos de fornecimento de cestas básicas, que seriam, em tese, distribuídas para famílias em situação de vulnerabilidade. Na época, Mauro Carlesse (Agir) estava à frente do Palácio Araguaia e Wanderlei, como vice-governador, teria atuado como responsável pela Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas), por conta de arranjos políticos, segundo a decisão. Conforme apurado pela Polícia Federal, a verba que deveria ser usada para o enfrentamento das consequências da Covid-19 no âmbito social, foram usadas na contratação de várias empresas. Elas foram abertas pouco antes de serem contratadas e para fornecer alimentos, mas não tinham esse objetivo social. No período de pandemia, o Governo do Tocantins teria comprado pelo menos 1,6 milhão de cestas básicas. Ainda há a suspeita que os contratos para aquisição dos alimentos foram pagos, mas nem todas as cestas foram entregues à população. Além das compras das cestas, o aluguel de caminhões que fizeram a distribuição em todo estado foram realizadas sem licitação, considerando o decreto de emergência estadual. Primeira dama Karine Sotero e o governador, Wanderlei Barbosa, foram afastados Reprodução/Instagram Wanderlei Barbosa Como funcionava o esquema? Na decisão do ministro Mauro Campbell que a TV Anhanguera e o g1 tiveram acesso, contra que o esquema era dividido por núcleos: Núcleo de agentes políticos Atuação do alto escalão do governo no esquema, iniciando com Wanderlei Barbosa, sua esposa Karynne Sotero e seguia com o ex-secretário da Setas, José Messias Alves de Araújo. Esse núcleo, segundo a decisão, também incluía agentes do Poder Legislativo Estadual, que destinavam recursos, por meio de emendas parlamentares, para a aquisição de cestas básicas em troca de vantagens indevidas. O g1 tenta contato com o José Messias Alves. Núcleo de servidores públicos Servidores, principalmente assessores especiais de Wanderlei ficavam responsável pelas operações, direcionando licitações e atestando falsamente o recebimento das cestas básicas. Segundo a investigação, uma pessoa ficava responsável pelas transferências bancárias e saques de valores que eram repassados para o assessor Taciano Darcles Santana Sousa ou Thiago Marcos Barbosa, sobrinho do governador. Esses valores eram entregues em espécie aos outros envolvidos no esquema, incluindo o Wanderlei Barbosa. O chefe de gabinete do governador e uma outra pessoa realizavam depósitos em espécie de forma fracionada em favor do governador, além de pagamentos de boletos de valores elevados. Na época da primeira fase da Fames-19, servidores citados no esquema foram exonerados. Entre eles, Taciano Darcles e o chefe de gabinete, que foi nomeado novamente para o mesmo cargo no dia 8 de agosto de 2025. O g1 tenta contato com Taciano Darcles. Núcleo empresarial Empresas que eram previamente selecionadas simulavam uma situação de ampla concorrência. Elas eram usadas no desvio dos recursos públicos, ao fingir as entregas das cestas básicas. Muitas das empresas contratadas tinham como responsáveis laranjas, que a polícia em alguns casos identificou como beneficiários do auxílio emergencial durante a pandemia. Núcleo financeiro e de lavagem de capitais O núcleo financeiro agia no recebimento de vantagens ilícitas e envio de valores que depois eram sacados e distribuídos entre os membros da organização. A polícia identificou que parte desses recursos desviados era repassada para a Pousada Pedra Canga, um empreendimento de luxo na Serra de Taquaruçu, que pertence ao filho do governador, Rérison Antônio Castro Leite. Investigado por operar propinas para governador fez selfie com dinheiro; saiba mais LEIA TAMBÉM: Fames-19: entenda como funcionava o esquema de cestas básicas Governador do Tocantins e primeira-dama são afastados pelo STJ durante investigação sobre compra de cestas básicas PF encontrou R$ 32 mil em espécie no gabinete do governador do Tocantins, afastado pelo STJ Decks de madeira, varandas e luxo: veja imagens de pousada que teria sido construída com dinheiro de cestas básicas, segundo a PF Instituto forjou montagem de cestas básicas e lista de entrega, aponta investigação que afastou governador do Tocantins Ex-marido de primeira-dama recebeu R$ 1,3 milhão de empresas investigadas por desvio de verba para cestas básicas, aponta PF Quem são os investigados? Além de Wanderlei e da esposa, que ocupava o cargo de secretária extraordinária de Participações Sociais, também foram alvos dos mandados de busca e apreensão os gabinetes de dez deputados estaduais que estão em cargo eletivo. Os deputados são Amélio Cayres, Claudia Lelis, Cleiton Cardoso, Ivory de Lira; Leo Barbosa; Jorge Frederico; Nilton Franco; Olyntho Neto; Valdemar Júnior e Vilmar de Oliveira. Também estão como alvos deputados que ocupavam cadeiras na Assembleia na época da contratação das empresas para compra das cestas básicas: Amália Santana, Eduardo Siqueira Campos, Issam Saado, Luana Ribeiro, Elenil da Penha, Ricardo Ayres e Valderez Castelo Branco (veja notas das defesas dos deputados abaixo). O envolvimento deles seria por causa da destinação de emendas parlamentares para a compra das cestas básicas e no enfrentamento da Covid-19. Qual a participação do governador e da primeira-dama? Os crimes investigados são de frustração ao caráter competitivo de licitação, peculato, corrupção passiva, lavagem de capitais e formação de organização criminosa. Na época dos supostos desvios, Wanderlei seria o "responsável" pela Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas), a pasta que recebeu mais recursos que seriam para ações em apoio à população que enfrentou diversos problemas por causa da pandemia. É apontado que o governador afastado tinha conhecimento que Carlesse não ficaria no cargo e manteve o esquema de desvios por meio das contratações ilícitas, e que ele recebeu "montantes em espécie a título de vantagem indevida, pelos contratos de fornecimento de bens e serviços conduzidos durante a sua gestão". Karynne participou do esquema, segundo a investigação, intermediando todas as contratações dependiam do Poder Executivo estadual. Ela teria atuado na organização da parte documental, no cumprimento dos requisitos necessários ao recebimento de recursos públicos, e tomando ciência da distribuição das vantagens indevidas previamente combinadas, segundo a PF. Quem recebeu as propinas? PC Lustosa e Karynne Sotero Reprodução Facebook PC Lustosa/Reprodução Instagram Karynne Sotero Entre os investigados também está Paulo César Lustosa Limeira, o ex-marido da primeira-dama Karynne Sotero. Conforme a investigação federal, ele intermediava negociações de propinas em contratos no governo e até em prefeituras e atuava junto o irmão, Wilton Rosa Pires. Karynne Sotero é citada pelo investigado em conversas, levantando indícios de que ela tinha participação no esquema criminoso. Outro suspeito de envolvimento no esquema é Marcus Vinícius Santana. Ele seria "operador financeiro" do governador e aparece com maços de dinheiro em fotos obtidas pela investigação. Conversas mostram que outros suspeitos chamavam as propinas de "benção". Investigado na Operação Fames-19 tirava fotos com maços de dinheiro Reprodução/Relatório do STJ Dentro dos investigados também estão servidores públicos e empresários responsáveis pelas empresas contratadas com o intuito de proceder com a lavagem de capitais. Onde o dinheiro foi parar? Veja imagens da pousada que está no nome do filho de Wanderlei Barbosa A investigação apontou que grande parte do dinheiro desviado pode ter sido empregado na construção de uma pousada de luxo na serra de Taquaruçu, no distrito que fica a 30 km de Palmas. A pousada Pedra Canga está no nome do filho do governador, Rérison Antonio Castro Leite, superintendente do Sebrae Tocantins. O intuito do grupo era ocultar indícios de lavagem de dinheiro. Foi apurado que entre junho de 2022 e julho de 2023, Wanderlei, Rérison e do deputado estadual Léo Barbosa (Republicanos), que também é filho do governador afastado, destinaram mais de R$ 2,4 milhões às contas do empreendimento. Conforme é apurado na Operação Fames-19, foram pagos mais de R$ 97 milhões em contratos para fornecimento de cestas básicas e frangos congelados. O prejuízo aos cofres públicos é estimado em mais de R$ 73 milhões. O que dizem as defesas dos investigados? Wanderlei Barbosa Recebo a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) com respeito às instituições, mas registro que se trata de medida precipitada, adotada quando as apurações da Operação Fames-19 ainda estão em andamento, sem conclusão definitiva sobre qualquer responsabilidade da minha parte. É importante ressaltar que o pagamento das cestas básicas, objeto da investigação, ocorreu entre 2020 e 2021, ainda na gestão anterior, quando eu exercia o cargo de vice-governador e não era ordenador de despesa. Reforço que, por minha determinação, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e a Controladoria-Geral do Estado (CGE) instauraram auditoria sobre os contratos mencionados e encaminharam integralmente as informações às autoridades competentes. Além dessa providência já em curso, acionarei os meios jurídicos necessários para reassumir o cargo de Governador do Tocantins, comprovar a legalidade dos meus atos e enfrentar essa injustiça, assegurando a estabilidade do Estado e a continuidade dos serviços à população. Karynne Sotero Reitero meu respeito à decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e às instituições, ressaltando que irei dedicar-me plenamente à minha defesa, convicta de que conseguirei comprovar minha total ausência de participação nos fatos que estão sendo apontados. Desejo que tudo seja esclarecido e reestabelecido com brevidade e justiça, pelo bem do povo tocantinense, a quem dedico meu trabalho e compromisso. Marro Carlesse A defesa do ex-governador Mauro Carlesse lamenta os recentes acontecimentos envolvendo o Estado do Tocantins e esclarece que, durante todo o período em que Mauro Carlesse exerceu o mandato, inexistiu qualquer ato ou decisão de sua responsabilidade relacionado aos fatos apurados. Ressalta, ainda, que o ex-governador não figura como investigado, réu ou alvo de quaisquer medidas decorrentes da operação, não havendo, portanto, qualquer imputação contra sua pessoa. Por fim, a defesa reafirma sua confiança nas instituições e no pleno esclarecimento dos fatos, convicta de que a apuração confirmará a total ausência de envolvimento de Mauro Carlesse com os acontecimentos sob investigação. Secretaria Estadual do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas) A Secretaria Estadual do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas) informa que tem colaborado com as investigações e encaminhado informações aos órgãos de controle internos e externos para instruir as tomadas de contas que foram instauradas. A Setas reforça seu compromisso em colaborar com as autoridades competentes. Rérison Castro Ele não foi alvo da operação. Não temos acesso ao IPL, à representação e à decisão que determinou as medidas cautelares. Certo que o Rérison não é servidor do Estado e não tem nenhuma vinculação com os crimes investigados. Léo Barbosa Tenho convicção de que meu trabalho parlamentar sempre se limitou às funções legais de apresentação de emendas, sem qualquer envolvimento na execução de contratos ou na gestão de recursos públicos. Colaborei integralmente com as diligências da Polícia Federal e estou seguro de que a análise do material apreendido demonstrará, de forma clara, a lisura da minha conduta. Cláudia Lelis A deputada estadual Claudia Lelis ( PV) reafirma seu respeito às instituições e às decisões do Superior Tribunal de Justiça (STJ), e esclarece que não praticou qualquer irregularidade na destinação de suas emendas parlamentares, ressaltando que todos os recursos por ela indicados sempre seguiram rigorosamente os princípios de transparência, legalidade e responsabilidade com o interesse público. A parlamentar afirma que acompanha com serenidade e confiança o andamento das investigações, convicta de que a verdade será plenamente esclarecida. Claudia reitera sua confiança na Justiça e defende que a segurança jurídica é essencial para o fortalecimento das instituições e para o desenvolvimento do Tocantins. Eduardo Siqueira Campos Em relação às investigações sobre a aquisição de cestas básicas durante a pandemia, cumpre esclarecer que: 1 – O prefeito Eduardo Siqueira Campos, à época deputado estadual, destinou emendas parlamentares, assim como os demais parlamentares, atendendo solicitação do Governo do Estado para auxiliar famílias em situação de vulnerabilidade. Àquele momento, mais de 4 mil tocantinenses haviam perdido a vida, as principais atividades econômicas estavam suspensas e milhares de famílias enfrentavam situação de calamidade. 2 – A atuação parlamentar se restringe exclusivamente à destinação dos recursos, não cabendo ao deputado qualquer interferência sobre o processo de compra ou a forma de distribuição das cestas, que foram de responsabilidade integral do Governo do Estado. 3 – Cumprindo seu papel fiscalizador, o então deputado Eduardo Siqueira Campos requereu do Governo do Estado a comprovação da aquisição e da entrega das cestas, documentos que foram apresentados pelo próprio Executivo estadual. 4 – Assim como o Brasil e o mundo se uniram recentemente em solidariedade ao Rio Grande do Sul, que enfrentou tragédia com a perda de mais de 180 vidas, também os tocantinenses se uniram no enfrentamento da pandemia, que vitimou mais de 4 mil pessoas no nosso Estado. Naquele momento, não havia outra saída senão unir esforços para garantir o mínimo de dignidade às famílias Ricardo Ayres Recebo com serenidade a deflagração da nova fase da Operação Fames-19, conduzida pela Polícia Federal, em razão exclusiva de eu ter exercido, à época dos fatos investigados, o mandato de deputado estadual. Ressalto que não tenho qualquer relação com os atos apurados e que minha citação decorre apenas da condição de parlamentar naquele período. Reitero meu respeito às instituições e ao trabalho investigativo em curso, colocando-me integralmente à disposição para colaborar com as autoridades sempre que necessário. Elenil da Penha Nesta quarta-feira, 03 de setembro de 2025, estive na Delegacia para colaborar, prestando informacões na condição de declarante. Afirmo que não sou investigado em nenhum procedimento e sigo à disposição das autoridades e imprensa, para quaisquer esclarecimentos necessário. Elenil da Penha. Valderez Castelo Branco A ex-deputada estadual e ex-secretária de Estado Valderez Castelo Branco vem a público esclarecer informações a respeito da Operação FAMES-19, deflagrada pela Polícia Federal, na qual foi alvo de mandados de busca e apreensão em suas residências, em Palmas e Araguaína, por determinação do ministro Mauro Campbell, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em relação à quantia em dinheiro apreendida, Valderez esclarece que todos os valores têm origem lícita e comprovada. Da mesma forma, os veículos apreendidos foram regularmente adquiridos com nota fiscal, constando em suas declarações de Imposto de Renda como patrimônio legalmente adquirido. Esclarece, ainda, que os veículos pertencem à sua família. Valderez ressalta que, durante toda a sua vida pública, como deputada estadual e gestora, jamais utilizou recursos públicos ou de qualquer outra natureza para fins de desvio ou obtenção de vantagens ilícitas. Destaca, ainda, que sempre pautou sua atuação pela ética, transparência e honestidade, trabalhando em benefício da população tocantinense. Por fim, informa que está colaborando integralmente com as investigações e reafirma que continuará à disposição das autoridades sempre que necessário. Assembleia Legislativa A Assembleia Legislativa do Estado do Tocantins (Aleto) informa que prestou nesta quarta-feira, 3, colaboração total e irrestrita ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e à Polícia Federal (PF), no cumprimento integral das determinações contidas em dez mandados de busca e apreensão, com a devida disponibilização de todos os equipamentos, documentos e informações solicitados. Informa ainda que a Procuradoria Geral da Casa não teve acesso aos autos, portanto, desconhece-se o que motivou a expedição dos referidos mandados. Além disso, a Aleto não foi intimada de nenhuma decisão judicial relacionada ao caso, que ainda está em curso. Os mandados de busca e apreensão aos quais a Aleto teve acesso foram direcionados aos gabinetes parlamentares dos deputados Amélio Cayres, Claudia Lelis, Cleiton Cardoso, Ivory de Lira, Jorge Frederico, Léo Barbosa, Nilton Franco, Olyntho Neto, Valdemar Júnior e Vilmar de Oliveira. Thiago Barbosa A defesa do Dr. THIAGO MARCOS BARBOSA CASTRO DE CARVALHO esclarece, em relação à Cautelar Inominada Penal n° 139-DF do STJ, cujos desdobramentos foram cumpridos nesta data na cidade de Palmas (TO), que seu nome foi referido na decisão por absoluto equívoco, tendo em vista que não é investigado na Operação Fames-19 e da mesma forma não foi alvo das medidas cautelares. Vale gizar que a o Dr. THIAGO BARBOSA nunca exerceu o cargo de assessor especial do Governo e, tampouco qualquer outro cargo no Executivo Estadual, e que a menção ao nome de "Thiago" possivelmente se refira a outra pessoa diversa, portanto, um homônimo. Por fim, a defesa informa que já adotou as providências cabíveis junto ao Ministro Relator no STJ para que seu nome seja efetivamente excluído das investigações da Operação Fames-19. Veja mais notícias da região no g1 Tocantins.

FONTE: https://g1.globo.com/to/tocantins/noticia/2025/09/05/desvios-milionarios-cestas-basicas-e-propina-o-que-se-sabe-sobre-a-operacao-que-afastou-wanderlei-barbosa-e-primeira-dama.ghtml


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