Dólar inicia a semana de olho nas projeções do Boletim Focus

  • 20/10/2025
(Foto: Reprodução)
Lula defende uma América Latina "independente" O dólar inicia a sessão desta segunda-feira (20) de olho no cenário interno e externo. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, abre às 10h. Os investidores iniciam a semana atentos a novos dados de inflação no Brasil e aos desdobramentos fiscais nos Estados Unidos. Na China, o crescimento do PIB reforça a leitura de estabilidade, em meio à desaceleração global. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ Na agenda interna, o Banco Central divulgou o Boletim Focus da semana encerrada em 17 de outubro. A mediana das projeções dos economistas para a inflação oficial em 2025 recuou de 4,72% para 4,70%, na quarta queda seguida. Para 2026 e 2027, as estimativas permaneceram em 4,28% e 3,90%, respectivamente. ▶️ Nos EUA, o impasse em torno da aprovação do orçamento mantém o risco de paralisação parcial do governo. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, alertou que os cortes já estão “atingindo o músculo da economia”, com prejuízos estimados em cerca de US$ 15 bilhões por dia. ▶️ Ainda na maior economia do mundo, as ações de bancos regionais caíram após Western Alliance e Zions revelarem fraudes em empréstimos, com perdas de até US$ 100 milhões. Analistas dizem que a reação foi exagerada. Em contrapartida, First Brands e Tricolor Holdings enfrentam dívidas bilionárias e entraram em recuperação judicial. (leia mais) ▶️ Na China, o PIB cresceu 4,8% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, resultado em linha com as projeções de analistas e que reforça a percepção de estabilidade da economia. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair 💲Dólar a Acumulado da semana: -1,78%; Acumulado do mês: +1,55%; Acumulado do ano: -12,54%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: +1,87%; Acumulado do mês: -2,00%; Acumulado do ano: +19,15%. Mauro Vieira e Marco Rubio terão 'canal direto' Durante reunião realizada na Casa Branca ontem (16), o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, decidiram estabelecer um canal direto de comunicação entre os dois governos. 🔎A iniciativa segue o exemplo dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, que também mantêm contato direto. O encontro, que durou pouco mais de uma hora, teve uma primeira parte reservada entre os dois representantes e, em seguida, uma rodada ampliada com a presença de assessores e equipes técnicas. Segundo apurações da TV Globo, o foco principal da conversa foi o comércio bilateral, com destaque para os pedidos brasileiros de revisão das tarifas e sanções aplicadas por Washington. As delegações iniciaram a construção de um cronograma de negociações, e uma primeira reunião técnica, em formato virtual, deve ocorrer nos próximos dias. Em nota conjunta, Rubio classificou o encontro como “muito positivo” e reforçou o compromisso de manter o diálogo aberto com o Brasil. Além disso, os dois países trabalham para viabilizar um encontro presencial entre Lula e Trump “na primeira oportunidade possível”. A reunião também contou com a presença do representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer, e foi marcada, segundo Vieira, por uma postura construtiva e alinhada com o espírito de retomada das negociações. Tensão EUA-China O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (17) que a tarifa de 100% sobre produtos chineses não é sustentável, mas disse que foi forçado a adotá-la pela postura da China, destacando a necessidade de um acordo justo entre os dois países. Em entrevista à Fox Business Network, Trump afirmou que a China está sempre buscando vantagem nas negociações e admitiu que ainda não sabe qual será o desfecho do conflito comercial. Ele confirmou que deve se reunir com o presidente Xi Jinping nas próximas duas semanas para discutir o comércio e declarou: “Vamos ver o que acontece”. Também nesta sexta, a missão da China na Organização Mundial do Comércio (OMC) afirmou que os Estados Unidos têm enfraquecido o sistema de comércio multilateral baseado em regras desde que o novo governo assumiu o cargo em 2025. O comunicado cita o uso recorrente de políticas discriminatórias, tarifas de retaliação e sanções unilaterais que, segundo Pequim, violam os compromissos assumidos na OMC. A delegação chinesa informou que um relatório do Ministério do Comércio irá avaliar o cumprimento das regras pelos Estados Unidos em 11 áreas. O documento também deve renovar os apelos para que Washington respeite as normas da OMC e coopere com outros países-membros no fortalecimento da governança econômica global. Crédito americano no radar As ações dos bancos regionais dos EUA caíram com força na quinta-feira, depois que Western Alliance e Zions Bank revelaram exposição a casos de fraude envolvendo clientes, reacendendo preocupações sobre a solidez das carteiras de crédito do setor. 📉 O índice KBW, que reúne bancos regionais, recuou 6,3% — a maior queda desde abril. As ações do Zions caíram 13,1%, enquanto as do Western Alliance perderam 10,8%. Com ativos de US$ 89 bilhões, o Zions informou que fará uma provisão de US$ 60 milhões após detectar irregularidades em dois empréstimos comerciais. O banco também ingressou com ação judicial na Califórnia. Já o Western Alliance, que possui ativos de US$ 87 bilhões, também entrou com ação por fraude e tenta recuperar cerca de US$ 100 milhões. Segundo o banco, as garantias existentes cobrem as obrigações, e há ainda fianças adicionais de investidores de alta renda. O aumento da cautela em relação aos bancos regionais e a intensificação das tensões comerciais entre EUA e China derrubaram o rendimento dos Treasuries de dois anos para o menor nível desde 2022. O índice S&P 500 também recuou 0,6%. Apesar disso, analistas ouvidos pelo “Financial Times” avaliam que a reação do mercado foi provavelmente exagerada — isso porque as perdas estimadas representam menos de 2% do capital tangível dos bancos. Em comparação com os recentes colapsos das empresas First Brands Group e Tricolor Holdings — cuja dívida ultrapassou bilhões ou ficou praticamente perdida — as perdas dos bancos parecem modestas, na casa de dezenas de milhões. A Tricolor Holdings pediu recuperação judicial em setembro, depois de quase perder parte de suas dívidas, e estima que o total de suas dívidas esteja entre US$ 1 bilhão e US$ 10 bilhões; A First Brands também entrou com o pedido, estimando uma dívida entre US$ 10 bilhões e US$ 50 bilhões. EUA em paralisação pelo 17º dia A paralisação do governo dos EUA (shutdown) chega ao 17º dia nesta sexta-feira (17), sem sinais de resolução. O impasse político já começa a afetar diretamente milhões de americanos, incluindo militares e famílias que dependem de programas sociais. Embora o Departamento de Defesa tenha conseguido realocar recursos para garantir o pagamento dos soldados em 15 de outubro, há incerteza sobre os salários previstos para o fim do mês, o que tem gerado preocupação entre os militares. Outro ponto crítico é o programa de assistência alimentar SNAP, que atende cerca de 42 milhões de pessoas em todo o país. Caso o bloqueio orçamentário continue, o governo não terá recursos suficientes para pagar integralmente os benefícios de novembro, segundo alerta do Departamento de Agricultura. O Senado, que não teve sucesso em aprovar a reabertura do governo em dez tentativas anteriores, tem nova votação marcada para a próxima segunda-feira (20). Se o impasse persistir até lá, esta será a terceira paralisação mais longa da história dos EUA. Enquanto isso, o clima de incerteza se intensifica, com relatos de famílias preocupadas com despesas básicas como aluguel, alimentação e aquecimento, especialmente com a aproximação do inverno. Bolsas globais Em Wall Street, os principais índices subiram com a queda na preocupação do mercado sobre uma escalada da guerra comercial entre EUA e China. O Dow Jones subiu 0,52%, aos 46.190,61 pontos, o S&P 500 avançou 0,53%, aos 6.664,01 pontos, e o Nasdaq teve ganhos de 0,52%, aos 22.679,98 pontos. Na Europa, a reunião entre os presidentes Donald Trump e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para tratar das negociações de paz no país do leste-europeu. Um dia antes do novo encontro, o presidente americano passou mais de 2 horas em ligação com o líder russo, Vladimir Putin. Os dois acertaram uma reunião em Budapeste, na Hungria, que ainda não tem data marcada. Diante disso, as ações de empresas ligadas à defesa foram afetadas, com quedas significativas, diante da possibilidade de mudanças no cenário internacional. Os principais índices europeus registram perdas nesta sexta-feira: o STOXX 600, que reúne empresas de diversos países da região, caiu 0,91%. Na Alemanha, o DAX recuou 1,82%, enquanto o FTSE 100, do Reino Unido, teve queda de 0,86%. O CAC 40, da França, caiu 0,18%, e o FTSE MIB, da Itália, perdeu 1,45%. Já as bolsas asiáticas fecharam em queda, com destaque para as bolsas da China e de Hong Kong, que registraram as maiores perdas semanais desde abril. A cautela dos investidores aumentou diante das incertezas comerciais e da realização de lucros em ações de inteligência artificial. No fechamento desta sexta-feira, o índice de Xangai caiu 1,95%, enquanto o CSI300, que reúne grandes empresas chinesas, recuou 2,26%. O Hang Seng, de Hong Kong, perdeu 2,48%. Em Tóquio, o Nikkei caiu 1,44%. Já em Taiwan, o Taiex teve baixa de 1,25%, e em Cingapura, o Straits Times recuou 0,81%. A exceção foi Seul, onde o Kospi teve leve alta de 0,01%, em meio ao cenário predominantemente negativo na região. Dólar Reuters/Lee Jae-Won/Foto de arquivo *Com informações da agência de notícias Reuters.

FONTE: https://g1.globo.com/economia/noticia/2025/10/20/dolar-ibovespa.ghtml


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